sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Mama said there'd be days like this

E quando o trabalho não avança e a vontade de trabalhar não chega? O que fazer? Forçamos o trabalho, descansamos e sentimos que estamos a falhar ou descansamos sem culpas?

Eu prefiro descansar sem culpas, mas não é fácil...! Eu bem sei que no dia seguinte estou fresca como uma alface, mas quando bate a moleza ou a dor de cabeça ou estamos com humores trocados é difícil manter o movimento para a frente.

Como é que se lida com isto? 

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Simple notebook hack for PhD students.

A produtividade dos últimos tempos deve-se, em parte, ao novo sistema de organização que encontrei. Depois de ter ouvido o audiobook Getting Things Done, do David Allen, depois de ter lido diversos sites sobre as forças e fraquezas deste sistema e depois de ter visto este blog, com tudo isto em mãos, organizei o meu próprio sistema. 

As listas de a fazer simples não me respondiam a uma questão importante: onde é que eu escrevo as coisas que quero e tenho que fazer mas que não são para já ou não me apetece fazer hoje...? E tenho uma grande necessidade de escrever tudo o que faço, desde as tarefas de trabalho até comprar fruta ou passear o cão. Isto tudo parecia-me uma grande salsada e não estava a compreender muito bem como integrar o que preciso de fazer já com os projectos para o futuro sem me esquecer de tudo pelo caminho. 

Comprei um caderno e usei aquelas etiquetas autocolantes às cores para o separar em secções. Os sistemas que tenho visto são um bocado complexos, têm muitas secções e números de referência e número sequenciais... demasiado! Separei o meu caderno em apenas três secções:

- A FAZER (início do caderno, etiqueta amarela)
- PROJECTOS (meio do caderno, etiqueta verde)
- CALENDÁRIO (fim do caderno, etiqueta vermelha)


O CALENDÁRIO é explicável rapidamente. É uma secção onde anoto, por mês, os prazos que tenho que cumprir. Revejo diariamente para estabelecer prioridades. É a mais macro das três divisões, aparentemente menos importante mas no fundo é o que me mantém localizada no tempo. 

O A FAZER diário sai directamente da secção PROJECTOS que, por sua vez, está subdividido em quantas partes me apeteça ou me dê jeito. Neste momento tenho:

1. Redacção do Capítulo I da tese
2. Working Paper
3. Artigo para revista
4. Outras publicações
5. Trabalho de campo
6. Tarefas doc várias

Cada projecto tem a data em que o anotei. Por baixo de cada um destes projectos há uma lista de tarefas que lhe estão associadas directamente e que podem ser tão específicas como "Fazer ficha de leitura do livro X" ou "Pensar num artigo para propor à revista Y". Vou acrescentando tarefas aos projectos sempre que se revele necessário.

Todos os dias elaboro um A FAZER, que sai directamente desta lista de tarefas associadas a cada projecto. Isto obriga-me a rever prioridades diariamente (porque tenho que ler todas as tarefas todos os dias ou, quanto muito, dia sim dia não) e a não me esquecer de nada, o que acontecia muito quando tinha só um papelinho diário. Além disso, ter um único caderno com todas as nossas tarefas ajuda muito a organizar o pensamento. Não é de admirar que todos os sites que ensinam a fazer estes cadernos sugiram que a primeira página seja de contactos para o caso de se perder, com recompensa monetária associada. Com o andar dos dias, começo a entender a importância que este caderno tem no meu trabalho, porque seria muito difícil agora recomeçar a pensar todos os projectos e todas as tarefas. 

Quando uma tarefa está completa risco da lista A FAZER e também da lista de tarefas do projecto a que pertence. E assim o caderno vai crescendo até terminar o espaço para os A FAZER, momento em que terei que comprar um caderno novo e passar os projectos e tarefas que não completei. Isto também é uma grande ajuda no que toca a compreender quanto tempo se demorou a fazer o quê, criando assim uma memória física do Doutoramento. 

Para as coisas do dia-a-dia - "duche" é uma que me aparece aqui de vez em quando e eu rio-me sozinha por ter que escrever "duche"... o que aconteceria? Federia se o alarme não tocasse? - utilizo o calendário do BlackBerry, que é bicho sem o qual já não sei viver. O iPhone é lindo, tem umas aplicações espectaculares, mas em termos de organização acho que está uns nós abaixo do BB. 

Da próxima explico também como uso o EndNote para bibliografia (e fichas de leitura! Tudo no mesmo sítio!) e o OneNote da Microsoft (que agora com o caderno uso cada vez menos, mas ainda vai dando muito jeito). Vocês têm os vossos sistemas de organização? O que acham deste? Por enquanto tem-me sido absolutamente precioso. 

Um grande agradecimento à Telma, que me pôs no caminho certo. És graaande!!

Há dias assim...

O silêncio prolongado deve-se, felizmente, a um impulso de produtividade que tive por aqui: um artigo, um texto para apresentar em seminário e fichas de leitura. Não tem corrido nada mal.

Entretanto hoje acordo assim-assim. E assim-assim é daqueles sentimentos que nem sempre se consegue combater decentemente quando se trabalha fora de casa, mas quando se trabalha em casa então... é impossível. Estou eu a fazer as minhas tarefas domésticas matinais quando, ao fazer a cama, bato com a mão no candeeiro lascado que tenho na mesa de cabeceira (porque é que tenho DOIS candeeiros lascados? Não sei...). E, como não podia deixar de ser, bati com o dedo do meio da mão esquerda directamente na lasca pontiaguda. Fiz um corte que sangrou durante uns 10 minutos (não sangro muito tempo, felizmente), mas que me deixou com a cabeça leve. Pode ser do influxo de sangue à mão, mas eu aposto que foi só por ter visto sangue. 

Logo a seguir ao almoço sento-me a ler uma pequena pilha de artigos que encontrei ontem e não resisti ao sono. Acordei uma hora depois, completamente desconchavada, nem sabia muito bem onde estava quando acordei, e isto se calhar é um bonito aviso para ir fazer umas análises a ver se está tudo ok com os meus níveis de açúcar e ferro e essas coisas que uma pessoa precisa para não cair para o lado de cada vez que se corta numa folha de papel. 

Até ir ao médico, cá ficarei com o meu corte mais longo que profundo e chato como o catano para lavar loiça ou ir ao ginásio (feridas abertas = ginásio bye bye). A minha mãe jura por uma planta que tem no quintal, que se põe na ferida e fecha logo e não sei quê... depois digo-vos se funcionou.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Da necessidade de rentrée

Em Aberdeen a apresentação correu maravilhosamente. Espero que este ano nos ofereçam a possibilidade de publicar, porque acredito que tenho ali um material interessante e suficientemente restrito para não me enganar um dia destes e repetir temas. 

Mas depois de regressar do fresco o calor decide dar-nos um murro com toda a força mesmo entre os olhos e a vontade de trabalhar é abaixo de zero. Para ajudar, ontem fui com a coleguinha Di ao ISCTE e o ar condicionado, que está super funcional (obrigada, Sandra, tu bem me avisaste!) decidiu que Agosto não é altura para estar na Universidade a trabalhar. 

Entretanto encontrei aqui uns sistemas interessantes de organização, baseados no GTD do David Allen, e adaptei-os a mim e ao meu projecto. Como boa procrastinadora, demoro mais tempo a organizar-me que a fazer. Mas isso são outros 500. 

Vou fazer a lista de tarefas para o dia. Acho.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Ahhhh, os momentos de inspiração

Ter momentos de inspiração perto da meia-noite quando já havíamos decidido acordar cedinho e aproveitar bem a manhã seguinte trazem-nos um sentimento agridoce. 

Regresso à realidade

A ida a Aberdeen foi muito boa e produtiva. Notícias para breve. Agora estou só em pânico com a ideia de, a partir de Setembro, passar a gerir o meu tempo a 100%. 

Ahgh!