quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Profissão: escritor



Nunca temi as palavras, sempre as abracei por aquilo que são e pelo efeito que causam. Adoro asneiras, adoro onomatopeias. Adoro nomes próprios e suas derivações. Adoro jogos de palavras e piadas cuidadosamente pensadas. Depois há as que odeio, as que não posso ouvir, as que me fazem regurgitar um bocadinho. 
Alimento uma tese e três blogues. Alimento o Facebook diariamente. Porque preciso de validação, claro. Mas porque preciso sobretudo de expelir todas as palavras que invadem diariamente a minha cabeça.

Adoro palavras.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

It's funny because it's true

Disclaimer

É um bocadinho estranho mas absolutamente necessário, quando empresto um livro, dizer a frase "Não ligues às notas de lado... é que às vezes, quando discordo do autor, discuto com ele a lápis, na margem..."

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

We're never happy

Estas é que a sabem toda!


Adoro as temperaturas outonais, sou fã do Inverno, mas quando estamos todos encasacados a tentar ler/ pensar/ escrever, e o pingo teima e sentimos a cabeça cheia de muco desde o queixo até ao cerebelo, torna-se desagradável e desejamos o quentinho da outra metade do ano. Claro que depois temos a Primavera, que bom, é mais quentinho, as cores são mais vivas, os passarinhos passarinham, mas eu só consigo lembrar-me que tenho que comprar duas caixas de Aerius e não sair de casa, sob pena de não conseguir ler/ pensar/ escrever. E no Verão, ahhhh, que saudades do Verão, podemos ler na praia, andar de cuecas pela casa, mas o que acaba por acontecer é que fica quente demais durante o dia e nem se consegue ler/ pensar/ escrever! À noite está-se, como se diz na minha terra, espapaçada. 

Isto para dizer que passei a última semana no pior cenário possível: doente, gelada mas com um prazo para cumprir. Não era nada de extraordinário, nada que eu não pudesse adiar mais uns dias se precisasse mas teimei que não adiava. E agora estou, claro, sem ver grandes melhoras. Porque sou teimosa. Porque adoro o Inverno. Porque estou vestida com umas dezoito camadas de roupa e continuo a achar que adoro o Inverno. 

Que venha o Verão. Para eu me poder queixar outra vez.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O bolseiro e o café

Como se a Nespresso não fosse já suficientemente do demo, hoje comprei uma french press. Prevejo uma bolseira muito agitada num futuro próximo. 

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Natal e outros dias difíceis


Felizmente, por estas bandas não há grandes dramas familiares natalícios. A malta dá-se bem, as viagens entre famílias são simples e relativamente curtas, não há problemas. Os problemas vêm antes de todas as festividades, nomeadamente quando se está em casa e é mais fácil utilizar uma terça-feira às 15h para fazer compras do que o dia 1 de Dezembro ao meio-dia. 

O agnosticismo que me contamina a alma faz com que eu só goste do Natal pelos presentes, tanto para mim quanto para os outros, e é isso que me causa o grosso do stress. Ora, eu como sou a imaginativa da família, sou aquela que compra os de mim para os outros, os dos outros para os outros e, qualquer dia, os dos desconhecidos para os desconhecidos. Por isso, desde fins de Novembro que, como de costume, ando tipo barata tonta a ver montras, a anotar ideias, a fazer encomendas online... 

E hoje é um dia daqueles que traz um enorme sentimento de culpa ao bolseiro: o dia em que, apesar de se ter um prazo para daqui a 14 dias, se toma a decisão consciente de não trabalhar porque há compras para fazer.  Consegui, no meio disto tudo, agendar dois dias para compras. Uma tarde já lá foi, com sucesso mediano. Hoje vai ter que ser muito bem sucedida (mais stress?). E aquela recta final do "Aaaaaaaaaaaai que me esqueci da prenda para a sogra" vai ter que ser feita numa manhã, estar no centro comercial ou na Baixa de Lisboa às 10 em ponto e fugir o mais rapidamente possível!

Mal posso ver chegar 24 e 25, que poderiam ser os dias de maior stress,  mas acabam por ser os mais descansados, aqueles em que se respira de alívio porque é só sentar, comer e aproveitar. E nem me falem em Janeiro, cuja chegada aguardo com ansiedade.